Federaminas participa na sede da CACB em Brasília de Oficina de Melhoria da Representatividade da MPE
Durante dois dias, líderes de Federações, ACEs e Sebrae de seis estados vão discutir ações de melhoria da representatividade das entidades
Representantes de entidades do Sistema de Associações Comerciais do Brasil, do Sebrae Nacional e dos Sebraes estaduais, se reuniu hoje em Brasília, para apresentarem ações e projetos de fortalecimento das ACEs.
Ao longo de dois dias de trabalho, os participantes da oficina vão conhecer projetos bem sucedidos para o fortalecimento das Associações Comerciais nos estados da Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Também vão conhecer o material de capacitação e de sensibilização de presidentes e executivos das ACEs, serviços disponíveis para a rede e o alinhamento de diagnósticos.
O superintendente da CACB e coordenador nacional do Empreender, Carlos Rezende, agradeceu a presença do público e destacou a união da CACB e do Sebrae em prol das ACEs e da micro e pequena empresa do país. Ele também fez uma rápida apresentação sobre a nova edição do Empreender, lançada este ano.
“Quando temos Associações Comerciais mais fortes, temos entidades que podem contribuir para a MPE e para o desenvolvimento local, o que é extremamente importante. A CACB tem uma metodologia, criada anos atrás, nesse sentido. Hoje, vamos retomar esse trabalho, com a expectativa que saiamos daqui com conteúdo para sensibilizar o nosso público e fortalecer nossa base”, disse.
A edição atual do Empreender tem o objetivo de melhorar o ambiente da MPE, dividido em três grandes eixos: melhorar representatividade das MPEs; fortalecer as MPEs por meio do associativismo; e melhorar a competitividade das MPEs. O projeto está recebendo propostas de apoio a demandas de entidades de todo o país. Mais informações estão em cacb.org.br/empreender.
Fortalecimento da cultura associativista
O resgate e o fortalecimento da cultura associativista não saiu da pauta. Integrantes do Sebrae compactuam com a visão dos executivos das Federações de melhorar o ambiente de negócios para as entidades, para, assim, gerar uma melhor proposta de valor para os associados.
O coordenador estadual de projetos e desenvolvimento de filiadas da Facesp, Nelson Anjudar, enfatiza que as associações precisam se aproximar dos empresários, também destacou a importância das parcerias para que isso aconteça. “A gente pode trabalhar melhor se tiver ações em conjunto”, pontua.
“Vamos olhar para as nossas ACEs, a nossa base e os empresários. Sem uma Associação fortalecida, não temos uma Federação e nem uma Confederação fortes”, afirma Cleide Ribeiro, coordenadora do programa Empreender da Federaminas.
Para César Rissete, gerente da Unidade de Competitividade do Sebrae, a parceria entre as entidades deve avançar para implementação de, cada vez mais, iniciativas que abarquem as necessidades das ACEs e dos empresários. Ele enfatizou também a necessidade da administração nacional de conhecer a realidade das regiões para a realização de um trabalho conjunto.
“É necessário que a gente tenha sistemas de representação empresarial cada vez mais fortes. Um país como o Brasil é composto majoritariamente por micro e pequenas empresas, por isso, precisamos de uma representatividade empresarial que dê a sustentação para os pequenos negócios”, destacou.
Para a coordenadora de Comércio e Serviços do Sebrae Nacional, Patrícia Mayana, é possível estimular ações nos estados a partir de um convênio nacional, proporcionando um maior envolvimento nas unidades federativas para fomento do Empreender. “Queremos ver o fortalecimento da representatividade e expansão para regiões que não têm essa cultura do associativismo fortalecida, como no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, por essa razão, lançamos uma chamada para isso”, relata.
Diagnóstico das entidades para capacitação de presidentes e técnicos
Entre as ações destacadas para o próximo ano, está a realização de um diagnóstico para reconhecimento da realidade das entidades. A partir dos dados a serem coletados, as entidades, juntamente com a CACB e o Sebrae, terão insumos para trabalhar a sensibilização de lideranças das ACEs, bem como da Diretoria quanto às necessidades existentes e a melhoria dos serviços oferecidos.
“Precisamos resgatar o associativismo e melhorar o ambiente de negócios para, assim, termos uma melhor proposta de valor. Visamos repaginar o portifólio e desenvolver novos negócios, mas, para isso, precisamos nos conhecer, por isso a importância do diagnóstico que vem a ser feito”, pontuou Maurici Gomes, diretor de serviços da CACB.
Ele ainda destacou que o viés de negócios é de extrema importância, pois sem viabilidade financeira, não é possível manter as entidades. Assim, para isso, acredita no investimento na transformação digital para oferecer novas oportunidades.
Portanto, o material sobre o diagnóstico vai ser elaborado em conjunto entre as Federações, a CACB e o Sebrae, depois irá ser validado por todos os proponentes para iniciar sua aplicação no primeiro semestre do próximo ano.
Processo de formação de lideranças inclusivo
Outro ponto destacado nos diálogos é a formação de líderes preparados para atuação nas entidades, bem como em seus próprios negócios. No Paraná, o programa Polo de Liderança, apresentado por Rosangela Angonese, do Sebrae-PR, propõe desenvolver, absorver e disseminar conhecimento por meio da formação de líderes.
Para Rosangela, é preciso ter um projeto de liderança inclusivo que integre o associativismo. “Quando a gente fala em liderança, a gente precisa começar pela mudança de mentalidade, dos que são líderes, os que querem ser líderes e os que são liderados. A gente tem não só uma sensibilização, mas uma formação de um modelo de líder que as entidades precisam”, afirma.
A metodologia dos treinamentos foi desenvolvida a partir de mapeamento feito em todo o Brasil, resultando em 14 perfis, por competências, do que um líder tem que ter. Assim, atualmente, o programa conta com portifólio com 11 produtos e soluções disponíveis.
Com informações Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB)