Empreender está entre os três maiores sonhos do brasileiro
Comparando com os dados de 2020 e 2021, a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2021, realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), aponta para o empreendedorismo como um dos três principais sonhos dos brasileiros.
A pesquisa registou “Viajar pelo Brasil”, em primeiro lugar com 49,9%, em seguida “Casa própria” com 47,8% e “Ter o próprio negócio”, aparece em terceiro lugar com 46,2%.
Com relação à faixa etária, os entrevistados que demonstraram maior interesse pelo empreendedorismo têm entre 25 e 44 anos, público que corresponde às gerações Y (millennials) e Z, frequentemente associadas a um perfil mais disruptivo, questionador e que busca bem-estar, características propícias para o empreendedorismo.
O sonho de “ter o próprio negócio” continuou a superar, em 2021, o “desejo de fazer carreira numa empresa”, em 14,6 pontos percentuais. Quando comparado ao item “vontade de fazer carreira em serviço público”, a diferença foi de 20,5 pontos percentuais. Nesse aspecto, foram os homens que sonharam mais com o empreendedorismo, enquanto um maior percentual de mulheres desejou construir uma carreira corporativa.
O levantamento indica que, em termos de renda familiar, o sonho de empreender foi mais intenso na faixa de mais de três até seis salários-mínimos (34,6%). Em seguida, vieram aqueles com mais de dois até três salários-mínimos (26,6%) e depois as pessoas que ganham mais de um até dois salários-mínimos (25,1%). Quanto à escolaridade, percebe-se que foi um sonho mais frequente entre pessoas com Ensino Médio completo (50,3%) do que nos demais graus de escolaridade.
“Mesmo com esse recuo, observamos que o sonho de empreender permanece intenso entre os brasileiros e tornou-se ainda mais forte com a pandemia da covid-19”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles. “Ao contrário do que aconteceu em 2020, quando o sonho de empreender foi mais intenso entre as pessoas de classes mais desfavorecidas e de menor escolaridade, mais jovens e com menor experiência; em 2021, percebeu-se que as pessoas com faixas medianas de salário, de escolaridade e idade estiveram mais propensas a abrir um novo negócio”, avalia.
Fonte: Agência Sebrae