Economia de Ubá é válvula de atração de empresas, empregos e renda

Município da Zona da Mata recebeu a oitava etapa do Circuito E-Minas

Segunda maior cidade da Zona da Mata Mineira e sede do maior pólo moveleiro do Estado, Ubá recebeu a 8ª edição do Circuito E-Minas, no dia 5 de setembro. O evento foi realizado pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas – Federaminas, em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Ubá – ACIUBA.

De acordo com Edson Ferreira Filho, prefeito de Ubá, o associativismo é um ponto forte do município. O gestor acredita que o Circuito E-Minas foi uma ótima oportunidade para atrair novos investimentos, ampliar as ideias de negócios e firmar parceria com o governo estadual e outras entidades de classe, como o Sebrae Minas. Para Edson, Ubá é um grande pólo de atração de empresas, emprego e renda.

“Atualmente, temos um campo muito forte para buscar novas empresas, opções industriais, comerciais e de prestação de serviço. Imagino Ubá se desenvolvendo bastante nos próximos 20 anos, e estamos tentando dar essa estrutura, para que a cidade possa crescer harmonicamente, conservando o meio ambiente. A geração de emprego e renda é o maior desafio para qualquer dirigente em nível municipal, estadual ou federal”, afirmou.

O prefeito ressaltou que, para promover um desenvolvimento econômico consistente em Ubá, é importante investir nos setores de educação, saúde e infraestrutura. “É possível evoluir tanto na educação fundamental e básica, quanto na educação técnica e superior. A cidade trabalha no mesmo patamar para desenvolver a saúde também. Esperamos que nossos hospitais cumpram cada vez mais o papel de atendimento regional. Queremos criar também, junto com o governo de Minas e com o federal, novas opções para melhorar a nossa logística com obras de melhoria nas rodovias locais, podendo, assim, atrair mais empregos e mais empresas para o município”, disse.

Izabel Vieira, presidente da ACIUBA, agradeceu à Federaminas pela oportunidade de receber o Circuito E-Minas e destacou a importância do diálogo entre as entidades de classe e o governo estadual. Ela afirmou que a ACIUBA tem realizado campanhas, eventos e cursos em prol do desenvolvimento econômico da cidade.

“O movimento associativista é uma união de forças que pode ser a válvula propulsora do empreendedorismo e do avanço de Ubá. Com o diálogo inclusivo entre as entidades de classe, associações e as esferas do governo, podemos encontrar soluções para o avanço econômico do município”, pontuou Izabel.

O presidente da Federaminas, Valmir Rodrigues da Silva, reiterou a importância da atuação da Federaminas, da CDL e do Sebrae no objetivo de atender as demandas das associações comerciais do Estado. Segundo o gestor, a união de forças entre as lideranças empresariais é essencial.

“A mudança e o crescimento são princípios que partem da proatividade e iniciativa das lideranças empresariais, associativistas e políticas, como a Federaminas, o Sebrae e a CDL. Precisamos cultivar um ambiente fértil para os negócios, e assim, obteremos geração de emprego, renda e dignidade para as pessoas”, salientou Valmir.

ECONOMIA CONSISTENTE E SUSTENTÁVEL

O pólo moveleiro de Ubá é um dos principais centros de produção de móveis do país, exportando para diversos países ao redor do mundo. A região é rica em madeira de qualidade, o que é essencial para a produção local. A maioria das moveleiras da região utiliza madeira de reflorestamento, garantindo assim a preservação da floresta nativa.

O setor conta com fábricas de móveis, serrarias e acabamentos elétricos. A maioria das empresas é de pequeno e médio porte, mas há também grandes indústrias. Essas empresas empregam cerca de 15 mil colaboradores e respondem por quase 25 mil indiretos, gerando assim importante impacto econômico para a região.

Outros pontos importantes da região são a qualidade e a inovação. As empresas investem constantemente em tecnologia e design, produzindo móveis modernos e sofisticados. Presente no mercado exterior, elas exportam para os Estados Unidos, Europa e América do Sul.

A linha residencial inclui: cadeiras, mesas, armários, sofás e camas. Já a comercial, produz móveis para escritórios, hotéis e restaurantes.

A cidade conta ainda com projetos de proteção de recursos hídricos, de geração de energia limpa e de educação ambiental.

Com foco na reversão do histórico de crises hídricas no município, a prefeitura implementa, desde 2017, o programa “Águas de Ubá”, de revitalização de bacias hidrográficas e pagamentos por serviços ambientais.

Em caráter inédito na região, o município iniciou a implantação de usinas solares fotovoltaicas para suprir a demanda energética da estrutura física da cidade. O processo não gera custos. O terreno, com baixo nível de utilização comercial, foi cedido pela Prefeitura para instalação dos equipamentos. A iniciativa integra um projeto de sustentabilidade que visa a diminuição das emissões de carbono no município.

WORKSHOP E PALESTRAS SÃO DESTAQUES DO EVENTO

A programação do oitavo dia do E-Minas contou com as seguintes atividades:

• Workshop: como desenvolver o departamento comercial das ACEs? – encontro regional entre associações comerciais, dividido em dois subtemas:
• Organização dos processos internos… Se eu não me organizar nada vai mudar!

Palestra com CEO da F5 Gestão Empresarial, Jainir Júnior:

O CEO da F5 Gestão Empresarial, Jainir Júnior, ressaltou a importância de empresas e associações comerciais possuírem, como meta, a identificação, organização e o mapeamento dos processos internos. “Esses fatores, no ambiente das organizações, impactam nos resultados e na geração de receita, ampliando a capacidade de atuação, com base nas estratégias com melhores resultados”, afirmou.

O gestor reiterou que, para o mercado empresarial obter melhorias efetivas de resultados, é necessário que o empreendedor tenha, como principal foco, a resolução estruturada dos problemas e a potencialização das oportunidades dos clientes.

• Conheça a Facisc – Como uma das entidades mais importantes do País obteve sucesso e alcançou sustentabilidade financeira?

Wagner Bittencourt apresentou um case de sucesso daFacisc, que, por meio da definição clara das suas estratégias, obteve sucesso e se tornou uma das entidades de classe mais desenvolvidas do país. Para o gerente, os fatores que tornaram a Facisc um “hub empresarial de Santa Catarina”, foram: a busca por parcerias com diversas empresas; a ampliação do leque de serviços e o aumento da representatividade da entidade por meio de uma comunicação eficaz.

“A Facisc possui parceria com 37 mil empresas do Estado, além de reunir 149 entidades catarinenses. A variedade em nosso leque de serviços – que conta com projeto de incentivos fiscais, programa de gestão para associações empresariais, projeto de desenvolvimento sustentável e estímulo ao crescimento do espírito empreendedor – são fatores que tornaram a entidade referência no meio empresarial catarinense”, destacou.

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